Falando do Amor
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Amor é desejo que queima e cobra
É cobertor que protege e afoga
É compaixão pelo irmão que chora
Labaredas crescente que no corpo se acomoda
Mar manso de satisfação as almas que olham
Mãos estendidas a dor da desilusão
Sentimento que se expressa nas formas
Pulsa em ondas invisíveis
Pelos poros do ser brota
Contagia e se deixa enfeitiçar
Machuca com seus caninos a carne
Ao mesmo tempo cola
Para o amor sempre as flores
As mais doces palavras
Do cosmo todas as belezas
Poesia e exaltação
É sequência, é ritmo, é ordem
Não machuca
Prolifera
Os opostos nele se unem
Na sua eternidade é deus
Não morre.