Poesia de Cordel a Paramirim
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Paramirim é minha terra
E não tem outra igual
Nasci as margens de um rio
Dentro de um arraial
No terreiro dos Ribeiros
Na sombra do juazeiro
Em um abraço fraternal.
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O rio pequeno desce a serra
Rasga o monte em cachoeiras
Fertiliza com suas águas
A terra endurecida e seca
Do lindo vale do Paramirim
Que é lindo para mim
Como uma ave fagueira.
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Antônio padroeiro
Protetor inteligente
Paramirim pulsante
Nos seus olhos atraentes
Aurora de um dia
Bate forte e irradia
O amor por esta gente.
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A luta do seu povo
Fez nascer uma barragem
O sonho da agricultura
Murchou por falta de vontade
Cheio o lago do Zabumbão
Padeceu a roça de feijão
Sobre a anemia da coragem.
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O folclore colorido
No bumba-meu-boi estampado
Nas procissões dos festejos
Nos sons dos reisados
A cada dia desaparece
A alegria se esquece
Pois não são mais representados.
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Um município de luz
Uma cidade abençoada
Com a Pedra da Santana
Na Cachoeira do Catuaba
O Balneário a correr
O povo a se satisfazer
Nas várias fontes de água.
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O que dizer de ti, Paramirim?
Quais palavras devo usar?
Sou grato digo e repito
Com frases vou expressar
Cheias de aromas e mel
Incrustadas no papel
O amor por ti exaltar.