Todos têm seu exato tempo
O branco tem tempo
O negro tem tempo
O pardo também
Para nascer
Para crescer
Para murchar e logo perecer
Para uns
O tempo corre
Para outros
O tempo se arrasta
O certo é que há tempo para tudo
Só colhe no tempo
Reproduz-se no tempo
Há tempo criança
Tempo jovem
Tempo maduro
E por que não caduco
Tempo não se compra
Apanha emprestado
O tempo meu difere do seu
Com o meu faço dele o que me vem
Já ao seu só a ti lhe convém
O tempo passa
Óbvio…
Houve o tempo de Platão
Tempo de João
Tempo de John Lennon
Ele agora é seu, meu, desta ilustrada geração
Faça valer
Pois o tempo passa primeiramente devagar
Com os dias ganha velocidade
Quando pensar que não
Fim da estrada
Basta olha as marcas deixadas
Olhe a eterna morada
As retinas sem vida da viúva
As margens sofridas dos rios
Queira ver e verá
Pois até o cego certamente enxergará
Quando o seu tempo se acabar
Quando o meu tempo se for
Aceite por favor
Curve-se a grande Lei
Já não há mais tempo
Já não é mais seu tempo
Apenas uma simples recaída
Para voltar a se erguer
Mais forte e brilhante em nova subida
Tempo, o que posso esperar de ti quando o meu tempo se exaurir?
É tempo para pensar
É tempo para amar
É tempo para sorrir
Tempo das flores
Da chuva
Aproveite o seu tempo enquanto existir
O tempo passa…
Passa…
Passa…
Tic…
Tac…
Tic…
Tac…
Acabou…
Não há mais tempo para este enfadonho emaranhado de palavras soltas nas entrelinhas do tempo vázio e sem significado algun.